quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Feliz Ano Novo

Aos amigos que visitam meu blogue muita saude e paz
porque dinheiro agente corre atrás. Muito amor no
coração é o desejo do Webmaster abraços.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Cachoeira do Sul (RS)

Cachoeira do Sul já em 1753 recebia
soldados Portugueses - e nesta data
é povoado por Casais Açorianos
que se dedicavam a agricultura.
Em 1819 é elevada a Vila ( Vila Nova
de São João de Cachoeira) desmembrando
de Rio Pardo.www.camaracachoeira.com.br
arquivo histórico.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Sobre a Revolução Farroupilha

Transcrevo oficio do Cap. Comandante das Forças deum acampamento ambulante à 22/08/1836.
Ilmo senhor Boaventura José Pacheco
Nesta ocasião acabo de receber ordens do Exmo Sr Presidente da Provincia e do Exmo. Comandante de Armas, para reunir sem exceção o maior numero de cavalos que seja possivel , deste e desse distrito, por assim ser necessário ao bem da Pátria, na
certeza de que todos serão pagos a seus donos. Por isso que, de ordem dos mesmos Exmos Senhores.V. Sa. de coadjinação com o encarregado que mandei a esse lugar, na
mesma comissão, Luis Pedroso de Moraes,fará essa reunião coma maior brevidade e
imparcialidade, pois que não ée oculto a Vs. Senhoria, o mesmo que a mim, a cavalhada
que existe neste distrito conduz aeste o Cabo Pedro Barbosa do Rego que receberá a que já lhe for mister abem do bom desempenho desta importante diligencia que estou certo que Vs Sa. empregará da mesma o maior zelo de patriotismo. Deus guarde Vs Sa.

Campos da Miraguaia 25 de agosto de 1836.
José Luis Teixeira
Cap, m Comandante das Forças.

Este oficio comprova a movimentação de forças Leais ao Governo Central do império
do Brasil,à época da Revolução Farroupilha nos Campos da Lendária Vacaria dos Pinhais.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Fontes de Tanino

Principais espécies Vegetais

Acácia - Originária da Australia
Algarobeira - Do sul do Brasil
Amieiro - Europa e norte da Africa
Carvalho da Europa
Castanheira da Europa
Dividí- Originária do México e
norte do Brasil
Gambir - Originário da Malásia
Mirabolano - Asia e Caucaso
Pinheiros Araucárias - Brasil
Quebracho - Nativa da América do Sul.

Tanino- Polifenóis de origem Vegetal, possui uso Farmacológico e aplicações
industriais

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A Estância do Colorado

A Estância do Colorado

Numa tarde de outono de um veranico de maio, aponta na coxilha um homem, debruçado sobre o alpendre está o capataz, enquanto late a cachorrada ante a aproximação do forasteiro. Vem bem a cavalo a trote largo num baio ruano de cola atada a Cantagalo, bem se vê que vem de longe trás na garupa as malas de viagem e na voz um sotaque castelhano era um homem alto moreno rosto largo melenas longas e um farto bigode aparentava uns quarenta anos. Trajava botas com esporas com longas e pontudas rosetas bombahas com vinchas largas e chapéu grande desabado capa e poncho na garupa do baio.
- Buenos días patrón vengo de long la procura de trabajo.
- Apeie chegue pra diante disse o capataz observando mui atentos gestos do recém chegado. O capataz chamava-se Juvencio Gomes da Conceição um sujeito branco atarracado com uma cicatriz na testa, meio calvo barba e bigode ralo trajado a gaúcha com uma guaiaca couro de lontra e um trinta e oito HO reluzindo ao sol.
- Come te chama paisano
- Me chamo Hortencio Flores sou cria do Cerro Largo Província Del Uruguai, pero me chamam castelhano.
- Então Castelhano tem alguma referencia donde trabalhou, e que fazia.
- Si por suposto jô tengo trabajei em la Ronda , fica algumas léguas daqui,o proprietário era o Capitão Carneiro um velho amigo de la revolucion federalista como su patron, e que me deo mejores informes, por isto estoi a cá.
- Trabajo com domas e com la criacion, jo faço tambien esquilas, construcion de alambrado. O capitão caiu doente e teve que vender la propriedade.
A Estância do Colorado era centenária a maior do Rincão do Ibaté, a primeira sesmaria doada pela coroa na região serrana do Ibaté ao avô do Tenente-Coronel Ulisses Ribeiro do Canto este possuía mais de cento e cinqüenta milhões de terras entre campos e matos, local de rara beleza por seus campos e coxilhas verdejantes, as divisórias eram feitas por rios e penhascos não tendo sequer um metro de alambrado nas divisões das invernadas haviam taipas feita por escravos nos tempos de antanho, mais tarde usou-se a mão de obra barata contratada após a abolição da escravatura.
A Casa grande era toda de pedra mais parecia uma fortaleza, havia mais abaixo à atafona e a antiga senzala, agora reformada e onde se instalavam os peões em numero de trinta além dos trabalhadores braçais, ou moravam na casa ou eram agregados faziam, casebres em lugares estratégicos por ordem do proprietário plantavam caçavam e pescavam para subsistência sem nenhum custo, o coronel dava até as sementes para esses moradores remanecentes dos quilombos.
- Então Castelhano na verdade precisamos de mais peões que saibam lidar com cavalos, o patrão é mui exigente, entretanto conhece o Capitão Carneiro eu aceito suas referências, aqui se lida bastante pagamos bem, porém qualquer desavença com algum peão da estância será punida com rigor se vos mercê aceita as condições pode ir ao galpão que o Juá lhe arrumará um cômodo para dormir.
-Amanhã chega o patrão irá a ter contigo.
- Jô aceito mutio gusto gracias. Disse o paisano.
O Capataz chamou Juá um Negrinho alarife filho do velho Tomás para mostrar ao paisano as estalagens e conhecer os peões, no galpão também ficava próximo da casa lá ficavam as cavalariças, os arreames, e as tarimbas, onde os peões esticavam-se nos pelegos,tirando uma soneca enquanto baixava a bóia.
A mangueira de taipa feita no tempo do Império por escravos do avô
do coronel, tinha um palanque de angico bem no centro para se atar os
animais que iam ser domados as porteiras eram de varas grossas postas
feito chiqueiro. Também ali carneavam – se as reses para o sustento do
povo da fazenda era certo que se carneava uma rês a cada semana, sem contar as ovelhas estas eram diárias por vezes mais que uma.
A Estância mantinha-se da venda de animais cavalares e muares o coronel era criador de mulas na sede estância possuía não mais que mil cabeças de gado e aproximadamente duas mil ovelhas.
Em outras invernadas possuía gado em grande quantidade lá ficavam
Meia dúzia de peões que cuidavam do gado e de manada de cavalos xucros, enfrentando naquelas costeiras do rio do Tigre animais ferozes
numa luta desigual marcando e curando animais alçados tropeando para
propriedade as vacas de cria e reunindo animais para a doma.
Lá os peões tinham um galpão e cozinha de chão para se aquecer nos rigorosos invernos, ‘o fogo nunca se apagava dia em noite aceso’ era mantido pelo negro Atanásio que era encarregado do rancho e de fazer a comida naqueles fundos, o coronel possuía um arsenal enterrado em lugar que só ele e Atanásio sabiam, eram armas remanecentes das duas revoluções que o coronel e seus comandados participaram.
Na casa grande o coronel mantinha criados, Vicença e Floripa as cozinheiras e a negrinha Rosa esta ficava na vila com as patroas os afiliados Timóteo e Mércio a casa era um brinco o Coronel passava a maior parte do tempo na estância na vila de Santa Terezinha dista mais ou menos três léguas de distancia lá moravam seus familiares Sinhá Maria Inácia,suas filhas Clara, Angélica e seu filho Fausto, neto do Coronel, este inda estava na escola.
Os peões os melhores da região já se sabia, estavam prontos para tudo desde as mais difíceis lides campeiras, ou a pegar em armas ao primeiro toque do clarim do antigo chefe maragato agora um sexagenário.
Destacava-se Venâncio uma espécie de faz tudo, junto com o capataz
eram os mais antigos peões do coronel tinha também o Tunico ruivo, este
era o charreteiro do coronel além de guarda costas e diziam alguns que era também o degolador, era um sujeito ruivo meio sardento estatura mediana chapéu grande de abas largas, usava um sobretudo preto por baixo mantinha dois revolveres colt, carregados um cinturão crivado de balas, exímio atirador.
Não tinha família dizem que tinha vindo do Livramento, era cruza de uma galega vinda dos Açores com um parente do coronel um legitimo cão de guarda, estava sempre ao lado do patrão onde quer que fosse, um bom observador de pouca conversa era mui atento aos acontecimentos para isso era bem pago.
Nem bem se arranchou o paisano, o capataz mandou chamar Venâncio:
- Venâncio pegue o gateado pé de valsa no potreiro e traga bota no palanque pra ser domado.
Pouco tempo depois chegou o Venâncio com o cavalo puchado.
- Bota no palanque o aporreado diz pro castelhano montar e solta as varas da mangueira.
O paisano vinha calmo tirou o chapéu da cabeça pendurou na copa dum palanque pegou o lenço do pescoço e atou na testa como num ritual
Ajeitou as clinas do pingo e montou inda o pingo palanqueado testou as chilenas com uma mão nas clinas outra no mango enrigeceu a musculatura e gritou:
- Solta e me voy
O gateado era um ventana deu um salto pra frente e saiu corcoveando escarceando dando panaço e o paisano dêle espora garrado
Tal qual carrapato, enveredaram pra porteira e se foram, o pingo a corcovear campo a fora e paisano firme no lombo, sentando a espora na barriga e na virilha e sentava o mango na tala do pescoço.
Era lindo de se ver um querendo tirar outro querendo ficar no lombo, a peonada da estância conversava mui alegre elogiando o domador então o capataz gritou:
- Tá aprovado pode trazer o pingo gateado é mais um pra ensilha.
Ali naquela estância o teste pra indiada era duro e se não desse no couro era dispensado do serviço no mesmo dia.
A Noite caiu com ela a peonada foi se recolhendo era hora do gaúcho creu ficar com seus pensamentos rezar quem era de reza sonhar quem era de sonho e dormir quem não tinha insônia. O castelhano não dormiria
Algum cochilo na madrugada que passava na mente daquele vivente, seria remorso de que...
Na manhã seguinte ao clarear do dia a peonada da fazenda já fazia as
atividades rotineiras, uns havia alguns dias faziam a ronda na invernada velha, outros treinavam a tropa de mulas que ira ser vendida por aqueles dias a o tropeiro Manoel Honório famoso tropeiro das bandas de Cruz Alta. O Coronel chegou logo em seguida em sua Charrete moderna toda coberta por uma espécie de tecido preto puxada por um parelheiro de boa marcha, vinha nas rédeas o Tunico ruivo mais sério do que padre em dia de velório, o coronel apeou e ter com o capataz enquanto o ruivo cuidava da condução.
- Que novas por aqui Juvêncio já soube lá na cidade que contratou um paisano que fora peão do Carneiro lá da ronda.
- é verdade patrão é bem recomendado e bom de doma já testei o vivente
naquele gateado maleva que quase matou o Chico Troncho, o pingo ta domado é só dar mais uns galopes e botá na lida.
- Hum bem, bem e o restou tudo em ordem
- Tudo certo patrão tens uns peões fazendo a ronda outros cuidando da
mulada do Honório que deve chegar por esses dias.
Pondo - se então a conversar sobre os assuntos da estância os dois homens mateavam no galpão observando a mulinha mamando na égua que a pouco dera cria.
- Me chama o como é mesmo seu nome do peão Juvêncio, eu quero ter uma prosa - disse o coronel.
- é Hortêncio Flores porém todos o chamam “castelhano”, logo estará por
aqui andei apartar um boi para carnear. Pouco tempo depois vinha o paisano com o chapéu na mão disse adeus ao coronel que o mandou sentar em um banco ao seu lado dizendo:
- Bem Hortêncio como tu sabes tenho uma porção de peões de minha
inteira confiança, a maioria trabalha comigo a mais de vinte anos
alguns lutaram comigo outros são seus parentes e uns poucos como tu
trabalharam para correligionários e companheiros de revoluções, espero
contar contigo eu pago bem mas exijo respeito e lealdade. Quanto a sua
pessoa gostaria de saber sua história pode começar.
- Patrón jô gostaria que también mi chamasse castelhano como los otros
gracias.
- muito bem castelhano que seja assim, pode continuar disse o coronel
entregando a cuia de mate ao paisano.
O paisano inicio sua narrativa contando que seu Miguel Flores trabalhava para Don Chico Saraiva, pai do General Maragato Gumercindo
Saraiva e Aparício Saraiva, na região do Cerro Largo no Uruguai as sucessivas brigas entre Blancos e Colorados haviam moldado aqueles peões e os Saraiva tornando – os exímios combatentes e seus pai e seus
Irmãos eram fiéis seguidores desses caudilhos da pampa, já por de oitenta e cinco lutaram com os “trinta Y três orientais“, depois na fracassada revolução de “Quebracho”, aí Gumercindo veio morar no Brasil trazendo com ele Miguel Flores e sua família incluindo o castelhano
gurizote ainda para morar em uma fazenda de seu pai em Curral dos Arroios, no município de Santa Vitória do Palmar, um belo dia contou o castelhano o Dr Assis Brasil foi a Estância de Curral dos Arroios convidar
o General Gumercindo para pertencer ao partido Republicano, qual a resposta de Gumercindo “mi credo es la revolución. A ello no renuncio”.,encerrando a reunião.
-jô estava lá patron . E continuou o relato.
- Mais tarde tentaram eliminar o General imputando-lhe crime quando da morte e um negro velho muito estimado que morava na fazenda o que não é verdade pois Jô estava lá, El General mandou enterrar o negro próximo a casa lembro bem. Foi preso o General, Dona Amélia sua esposa mandou reunir a peonada e agregados deu duzentos homens para tira - lo da cadeia,porém Gumercindo mandou que ela permanecesse com os homens em prontidão acabou fugindo com uma chave falsa feita pelo Duque de Auche, neste meio termo Aparício Saraiva e seus irmãos que moravam no Cerro Largo muitos brasileiros lá residentes e veio para tirar seu irmão da cadeia, Jô agora com quatorze anios me juntei aos cem homens vindos do Uruguai com Aparício.
O General Joca Tavares e Silveira Martins junto com o General iniciaram a revolução federalista portanto desde Cerro Largo meus familiares lutaram junto aos federalistas com Gumercindo com chefe, o resto o coronel já sabe pois estava lá.
Bem, bem e quanto a Latorre o degolador soube pelo capitão Carneiro
que havia gente do Cerro largo e inclusive um Flores não seria vós mecê.
Na verdade um primo meu o Flores foi companheiro de Latorre e contava que era um homem honesto trabalharam juntos na Estância do General Silva Tavares no Uruguai então não era eu mas Flores contava
Que no episódio das trezentas degolas na verdade foram vinte e sete, bandidos executados pela investidura legal de Castilhos.
- Muito bem continue o relato dizia o coronel palmeando agora um baio.
- Entonces ninguém conta a história da divisão norte do cruel Firmino de
Paula autor da degola do Capão do boi preto, ninguém conta que esse era um homem impiedoso e vingativo.
- Bom, bom continue o relato se atenha a sua história disse o coronel-
Na revolucion jô pertencia à cavalaria do Coronel Aparício peleamos em
muitas batalhas, matamos muita gente, mas não degolei a ninguém o coronel não era afeito a degolas matar em “A LA CARGA” isto fizemos muito naquela guerra.
- Pero jô tengo remuersos de otras cosas, lutamos em outros estados tempos de sofrimento, fome, frio e por vezes sede, muitos ferimentos milhares de feridos então quando da volta do Paraná ao atravessarmos o rio Pelotas para o Rio Grande depois de muitos penhascos e corredeiras enterramos em uns matos armas pesadas antes de enfrentar a maior batalha campal desta revolução aproximadamente sete mil homens. O certo é que ao chegar próximo a Passo Fundo. A divisão norte formada por quatro mil homens, do famigerado General Firmino de Paula,e o General Rodrigues Lima o Coronel Santos Filho aquele que fugou com a ajuda de um traidor
haviam formado os famosos quadrados em torno de atoleiros e
banhados aguardando nossa tropa.
O General Gumercindo mandou nossa cavalaria chefiada pelo Coronel
Aparício fazer carga, mas não conseguimos furar o bloqueio devido o atoleiro ali existente peleamos por cinco horas ou mais na ultima carga cai
prisioneiro junto com mais ou menos dez companheiros, alguns dos nossos foram degolados ali mesmo, outros como eu tiveram melhor sorte
ficamos prisioneiros na tropa de Bento Porto. Soubemos mais tarde que o
General Gumercindo se retirara protegido pela cavalaria do Coronel Timóteo Paim e que ao contar os mortos nossa força perdeu noventa homens e ficaram feridos mais de cento e cinqüenta, quanto a divisão norte trezentos e oitenta mortos e outro tanto de feridos. Dali o General
Tomou o rumo de Cruz Alta, nós agora prisioneiros estávamos a mercê
de Bento Porto para azar meu rumava para aquele fatídico destino.
-Pois é disse o Coronel agora eu te conto que aconteceu castelhano
- Foi no mês de agosto a retaguarda do General é feita por Prestes Guimarães tem novecentos homens, ali rumo Cruz Alta já nossa retaguarda maragata entra em combate com a vanguarda governista de Fabrício Pilar,o General Gumercindo Saraiva havia agora com a junção das forças do Coronel Dinarte Dornelles, ficando com o efetivo de quatro mil homens.
Sim foi assim mesmo patron, Fabrício Pilar vinha mal na luta com o Coronel Dornelles, o General Gumercindo sobe a um pequeno morro para ver o combate mais de perto já que a luta não era sua, porém o Coronel Aparício vai ter com o irmão ele sempre brincou com a morte pediu ao general para fazer uma carga de lança contra Pilar, o General consente e fica sob a colina a observar a batalha.
Nessa altura o Tenente – Coronel Bento Porto trazendo alguns prisioneiros, se apóia num capão de mato e age de emboscada com atiradores de escol.
O General não precisava estar ali era quase noite era ariscado alguma emboscada estava ele trajado como um combatente sem pompas, usando uniforme de campanha, com chapéu de abas largas bombachas e apenas uma simples jaqueta azul ninguém o reconheceria
Era um simples guerreiro um paisano como eu....
Então patrão disse o paisano com a voz embargada , ali agachado olhando o combate de mãos atadas olhei aquele cavaleiro. - Jô, reconheci mi general por quem sempre nutri grande admiracion.
-E gritei El General, El General duas vezes la pior palavra de mi vida.
Bento Porto alguém avisou e ele gritou:
Atenção; mirem, e atirem de Pontaria ,atirem de pontaria é Gumercindo, é Gumercindo!
Aquelas balas certeiras poderiam ser pra mim patron.
Depois foi aquela confusão ninguém sabia se o General tava morto mas eu sabia enquanto soldados comemoravam, matei um soldado enforcado
e ganhei a noite aquele foi minha ultima participación em la guerra. Dali
parti para o Uruguai passei dez anos de minha vida com insônia a perambular à noite remoendo aquela fatalidade, nunca contei a ninguém
-Patron e gostaria muito que ficasse entre nós.
-Sossegue castelhano não tiveste culpa foi o destino aquele destino
ingrato que ninguém poupa, agora pegue seu cavalo e vá trabalhar.
-Gracias patron.
E lá se foi o castelhano agora um peão de estância e domador afamado
Para as lidas brutas da Estância do Colorado.


Fim do Primeiro conto


















-
Os Caminhos do Sul.

A tropeada se iniciou
Na Argentina espanhola
De um lado até Potosí
Eram as minas da Bolívia
Então... As planuras de Córdoba.
Estas serviram de estuário
E como diz o vizindário
Mulada de serventia,
É lá que o Jesuíta inicia
Seu primeiro criatório.

E Vieram da Argentina
Pra colônia de Sacramento.
Aquela mulada chucra
De lá ganharam o Brasil
Através de Cristóvão Pereira
Uma tropilha de primeira
Três anos estendida na estrada
Até chegar na Sorocaba.

Mil setecentos e trinta e um
Iniciou-se essa epopéia
E Cristóvão teve a idéia
De ir cortando o Rio Grande
E pelas vacarias do mar
De Sacramento a Viamão
Fazendo a integração
E um cargueiro de motivos
Pra desbravar este chão.

Até que outros Bandeirantes
Paulistas e Lagunenses
Abriram a estrada Geral.
- A rota passou a ser outra
E por motivos diferentes
Não mais as Mulas pras minas
Algumas mãos assassinas
Queriam fazer escravos
Aquela nação de bravos
Das Reduções guaranis

Mal sabiam que esses tauras
Não se prestavam pra escravidão
Porém a mando de uma Coroa
Mancharam de sangue o chão,
Sagraram a inocente pampa
Usando garruchas e espadas
Numa luta encarniçada
Surge um centauro na estampa.
Era Sepé em suas trincheiras
Com seus bravos e suas lanças
Exímios com suas bolas
Melenas esvoaçantes ao vento
Não iria frouxar nenhum tento
Gritando com muito entono...
-Levem mi sangue e Mi vida
Mas esta terra tem dono.

Perderam essa batalha
Mas não perderam a guerra
E ao defender nossa terra
E a Eterna Cruz de Lorena
Sua alma se agiganta
Enquanto sua vida se apequena.

Despertou então um SER
Um misto de bravo e de branco
Bom de briga e ,
Bom de prosa
Que se chamou de “Gaúcho”
Antes no sul do Brasil...
Hoje no sul do Hemisfério.

autor Boris Borges Teixeira

RODEIO DE HERÓIS

Você não conhece Vacaria Tchê
Então chegue pra perto
E conheça o CTG
Que do Rio Grande é PORTEIRA
Uma lide de Mangueira
Cá no parque ferradura
É a tradição mais pura
De nossa estirpe guerreira

Recuerdos de trinta e cinco
Avivam nossa memória
Uma epopéia de glória
Traçada pelos farrapos
Que mesmo vestido aos trapos
Eternizaram na luta
A nobreza e a conduta
Desta raça de nobres guapos

Em Cada tiro de laço
Lançado com precisão
Trás logo a satisfação
De Souza Netto em Seival
De Proclamar em alto brado
“ Liberdade ao nosso estado
E guerra a quem nos quer mal.

Ao ver um Rodeio Crioulo
Eu penso em Gomes Jardim
Como se guindo um clarim
Em Porto Alegre adentrou
O Rio Grande despertou
Com o ideal farroupilha
Formando a grande família
E do jugo se libertou.

E foram tantos heróis
Bento, Canabarro, Teixeira
João Antonio, Onofre, Oliveira
Haviam cavaleiros brilhantes
Combatiam como gigantes
lanceiros Negros do Gavião
salvaram a revolução
Naquele Poncho vedejante

E por fim amigos....

Nossos heróis foram briosos
Até nas condições de paz
Por justiça exalto no más
Os Negros e com suas lanças
A força e a pujança
De raça de homens destemidos
Que jamais serão esquecidos
Pois viverão em nossa lembrança.

Agora Nossos Heróis...

Trocaram de vez suas armas
Em vez da lança é o laço
Mostram a força no braço
No manejo com o gado
Gineteando um aporreado
-briga do homem com o animal
E nessa luta desigual
Só os bons tem seu legado.

Uma cidade de lona
É formada derrepente
Tradicionalistas de todo o continente
Competem com alegria
Na dança, na trova, na poesia
Em torno da mesma cultura
É o Rodeio que se amoldura
Nos campos da Vacaria.

Tantos homens tem história
No rodeio dos rodeios
Índios tauras nos floreios
De um violão ou de cordeona
Ou de uma égua redomona
Como a égua trinta e cinco
Ou então de um par de brinco
De uma prenda querendona.

Eu mesmo me embuçalei
Depois de muitas fusarcas
Quem tocava era os monarcas
Um bailaço no PORTEIRA
Era china lindaça e faceira
E foi num servicito de tousa
depois de um dedo de prosa
Encontrei minha companheira

Por isso que esse rodeio
Tem seu lado emocional
De fama internacional
Cercado de mil atrações
Em cancha ou em galpões
Onde a canha e o chimarrão
É o altar de comunhão
Das prendas e dos peões

Vou falar da vestimenta
São lindos vestidos de prendas
Com babados fitas e rendas
Porém o que encanta gauchada
É a prenda cheirosa de delicada
Como aquela flor no cabelo.
Neste meu canto sinuelo
Vamos vestir a peonada

O traje de gala é bombacha
Bota espora e chapéu
E pedindo a Deus do céu
Que proteja a gauchada
Pra que no fim da jornada
Amadrinhe no más a partida
Pois no fundo a nossa vida
É como uma gineteada.
Boris Borges Teixeira


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Tempos de Inverno

Quando vejo um gaúcho
se apresentando num tablado
de rodeio , bem trajado
apresentando uma poesia crioula
tenho ganas de voltar
voltar ao tempo já ido
me vem na mente lampejos
de muitas lides campesinas
e muitas vacas brasinas,
e de pingos mal domados.

De Noites de lantejoulas
E muitas histórias de amor.
De trastes do dia a dia
De bolichos e de bochinchos
Quisá por rabo de saia

E num vai e vem de lembranças
Toco meus cabelos brancos
E minhas rugas acentuadas
Lembro das rondas passadas
Os pelegos a cama fofa
travesseiro era os arreios
E o cobertor era o pala

A noite de inverno é braba
Pra nós o povo serrano
A geada vem de mansito
E brânquia o mundo grande
Mesmo em roda de uma fogueira
Feita de bugre e guamirim
Guardo fogo a noite inteira
Aceso perto de mim

Dá tremedeira no queixo
E encaranga os dedão
E o cusco rabão
Ao pé do fogo se faz de morto
Nesse silencio profundo
A gente adormece.


Autor Boris Borges Teixeira

terça-feira, 20 de outubro de 2009

O Castelhano

A Estância do Colorado

Numa tarde de outono de um veranico de maio, aponta na coxilha um homem, debruçado sobre o alpendre está o capataz, enquanto late a cachorrada ante a aproximação do forasteiro. Vem bem a cavalo a trote largo num baio ruano de cola atada a Cantagalo, bem se vê que vem de longe trás na garupa as malas de viagem e na voz um sotaque castelhano era um homem alto moreno rosto largo melenas longas e um farto bigode aparentava uns quarenta anos. Trajava botas com esporas com longas e pontudas rosetas bombahas com vinchas largas e chapéu grande desabado capa e poncho na garupa do baio.
- Buenos días patrón vengo de long la procura de trabajo.
- Apeie chegue pra diante disse o capataz observando mui atentos gestos do recém chegado. O capataz chamava-se Juvencio Gomes da Conceição um sujeito branco atarracado com uma cicatriz na testa, meio calvo barba e bigode ralo trajado a gaúcha com uma guaiaca couro de lontra e um trinta e oito HO reluzindo ao sol.
- Come te chama paisano
- Me chamo Hortencio Flores sou cria do Cerro Largo Província Del Uruguai, pero me chamam castelhano.
- Então Castelhano tem alguma referencia donde trabalhou, e que fazia.
- Si por suposto jô tengo trabajei em la Ronda , fica algumas léguas daqui,o proprietário era o Capitão Carneiro um velho amigo de la revolucion federalista como su patron, e que me deo mejores informes, por isto estoi a cá.
- Trabajo com domas e com la criacion, jo faço tambien esquilas, construcion de alambrado. O capitão caiu doente e teve que vender la propriedade.
A Estância do Colorado era centenária a maior do Rincão do Ibaté, a primeira sesmaria doada pela coroa na região serrana do Ibaté ao avô do Tenente-Coronel Ulisses Ribeiro do Canto este possuía mais de cento e cinqüenta milhões de terras entre campos e matos, local de rara beleza por seus campos e coxilhas verdejantes, as divisórias eram feitas por rios e penhascos não tendo sequer um metro de alambrado nas divisões das invernadas haviam taipas feita por escravos nos tempos de antanho, mais tarde usou-se a mão de obra barata contratada após a abolição da escravatura.
A Casa grande era toda de pedra mais parecia uma fortaleza, havia mais abaixo à atafona e a antiga senzala, agora reformada e onde se instalavam os peões em numero de trinta além dos trabalhadores braçais, ou moravam na casa ou eram agregados faziam, casebres em lugares estratégicos por ordem do proprietário plantavam caçavam e pescavam para subsistência sem nenhum custo, o coronel dava até as sementes para esses moradores remanecentes dos quilombos.
- Então Castelhano na verdade precisamos de mais peões que saibam lidar com cavalos, o patrão é mui exigente, entretanto conhece o Capitão Carneiro eu aceito suas referências, aqui se lida bastante pagamos bem, porém qualquer desavença com algum peão da estância será punida com rigor se vos mercê aceita as condições pode ir ao galpão que o Juá lhe arrumará um cômodo para dormir.
-Amanhã chega o patrão irá a ter contigo.
- Jô aceito mutio gusto gracias. Disse o paisano.
O Capataz chamou Juá um Negrinho alarife filho do velho Tomás para mostrar ao paisano as estalagens e conhecer os peões, no galpão também ficava próximo da casa lá ficavam as cavalariças, os arreames, e as tarimbas, onde os peões esticavam-se nos pelegos,tirando uma soneca enquanto baixava a bóia.
A mangueira de taipa feita no tempo do Império por escravos do avô
do coronel, tinha um palanque de angico bem no centro para se atar os
animais que iam ser domados as porteiras eram de varas grossas postas
feito chiqueiro. Também ali carneavam – se as reses para o sustento do
povo da fazenda era certo que se carneava uma rês a cada semana, sem contar as ovelhas estas eram diárias por vezes mais que uma.
A Estância mantinha-se da venda de animais cavalares e muares o coronel era criador de mulas na sede estância possuía não mais que mil cabeças de gado e aproximadamente duas mil ovelhas.
Em outras invernadas possuía gado em grande quantidade lá ficavam
Meia dúzia de peões que cuidavam do gado e de manada de cavalos xucros, enfrentando naquelas costeiras do rio do Tigre animais ferozes
numa luta desigual marcando e curando animais alçados tropeando para
propriedade as vacas de cria e reunindo animais para a doma.
Lá os peões tinham um galpão e cozinha de chão para se aquecer nos rigorosos invernos, ‘o fogo nunca se apagava dia em noite aceso’ era mantido pelo negro Atanásio que era encarregado do rancho e de fazer a comida naqueles fundos, o coronel possuía um arsenal enterrado em lugar que só ele e Atanásio sabiam, eram armas remanecentes das duas revoluções que o coronel e seus comandados participaram.
Na casa grande o coronel mantinha criados, Vicença e Floripa as cozinheiras e a negrinha Rosa esta ficava na vila com as patroas os afiliados Timóteo e Mércio a casa era um brinco o Coronel passava a maior parte do tempo na estância na vila de Santa Terezinha dista mais ou menos três léguas de distancia lá moravam seus familiares Sinhá Maria Inácia,suas filhas Clara, Angélica e seu filho Fausto, neto do Coronel, este inda estava na escola.
Os peões os melhores da região já se sabia, estavam prontos para tudo desde as mais difíceis lides campeiras, ou a pegar em armas ao primeiro toque do clarim do antigo chefe maragato agora um sexagenário.
Destacava-se Venâncio uma espécie de faz tudo, junto com o capataz
eram os mais antigos peões do coronel tinha também o Tunico ruivo, este
era o charreteiro do coronel além de guarda costas e diziam alguns que era também o degolador, era um sujeito ruivo meio sardento estatura mediana chapéu grande de abas largas, usava um sobretudo preto por baixo mantinha dois revolveres colt, carregados um cinturão crivado de balas, exímio atirador.
Não tinha família dizem que tinha vindo do Livramento, era cruza de uma galega vinda dos Açores com um parente do coronel um legitimo cão de guarda, estava sempre ao lado do patrão onde quer que fosse, um bom observador de pouca conversa era mui atento aos acontecimentos para isso era bem pago.
Nem bem se arranchou o paisano, o capataz mandou chamar Venâncio:
- Venâncio pegue o gateado pé de valsa no potreiro e traga bota no palanque pra ser domado.
Pouco tempo depois chegou o Venâncio com o cavalo puchado.
- Bota no palanque o aporreado diz pro castelhano montar e solta as varas da mangueira.
O paisano vinha calmo tirou o chapéu da cabeça pendurou na copa dum palanque pegou o lenço do pescoço e atou na testa como num ritual
Ajeitou as clinas do pingo e montou inda o pingo palanqueado testou as chilenas com uma mão nas clinas outra no mango enrigeceu a musculatura e gritou:
- Solta e me voy
O gateado era um ventana deu um salto pra frente e saiu corcoveando escarceando dando panaço e o paisano dêle espora garrado
Tal qual carrapato, enveredaram pra porteira e se foram, o pingo a corcovear campo a fora e paisano firme no lombo, sentando a espora na barriga e na virilha e sentava o mango na tala do pescoço.
Era lindo de se ver um querendo tirar outro querendo ficar no lombo, a peonada da estância conversava mui alegre elogiando o domador então o capataz gritou:
- Tá aprovado pode trazer o pingo gateado é mais um pra ensilha.
Ali naquela estância o teste pra indiada era duro e se não desse no couro era dispensado do serviço no mesmo dia.
A Noite caiu com ela a peonada foi se recolhendo era hora do gaúcho creu ficar com seus pensamentos rezar quem era de reza sonhar quem era de sonho e dormir quem não tinha insônia. O castelhano não dormiria
Algum cochilo na madrugada que passava na mente daquele vivente, seria remorso de que...
Na manhã seguinte ao clarear do dia a peonada da fazenda já fazia as
atividades rotineiras, uns havia alguns dias faziam a ronda na invernada velha, outros treinavam a tropa de mulas que ira ser vendida por aqueles dias a o tropeiro Manoel Honório famoso tropeiro das bandas de Cruz Alta. O Coronel chegou logo em seguida em sua Charrete moderna toda coberta por uma espécie de tecido preto puxada por um parelheiro de boa marcha, vinha nas rédeas o Tunico ruivo mais sério do que padre em dia de velório, o coronel apeou e ter com o capataz enquanto o ruivo cuidava da condução.
- Que novas por aqui Juvêncio já soube lá na cidade que contratou um paisano que fora peão do Carneiro lá da ronda.
- é verdade patrão é bem recomendado e bom de doma já testei o vivente
naquele gateado maleva que quase matou o Chico Troncho, o pingo ta domado é só dar mais uns galopes e botá na lida.
- Hum bem, bem e o restou tudo em ordem
- Tudo certo patrão tens uns peões fazendo a ronda outros cuidando da
mulada do Honório que deve chegar por esses dias.
Pondo - se então a conversar sobre os assuntos da estância os dois homens mateavam no galpão observando a mulinha mamando na égua que a pouco dera cria.
- Me chama o como é mesmo seu nome do peão Juvêncio, eu quero ter uma prosa - disse o coronel.
- é Hortêncio Flores porém todos o chamam “castelhano”, logo estará por
aqui andei apartar um boi para carnear. Pouco tempo depois vinha o paisano com o chapéu na mão disse adeus ao coronel que o mandou sentar em um banco ao seu lado dizendo:
- Bem Hortêncio como tu sabes tenho uma porção de peões de minha
inteira confiança, a maioria trabalha comigo a mais de vinte anos
alguns lutaram comigo outros são seus parentes e uns poucos como tu
trabalharam para correligionários e companheiros de revoluções, espero
contar contigo eu pago bem mas exijo respeito e lealdade. Quanto a sua
pessoa gostaria de saber sua história pode começar.
- Patrón jô gostaria que también mi chamasse castelhano como los otros
gracias.
- muito bem castelhano que seja assim, pode continuar disse o coronel
entregando a cuia de mate ao paisano.
O paisano inicio sua narrativa contando que seu Miguel Flores trabalhava para Don Chico Saraiva, pai do General Maragato Gumercindo
Saraiva e Aparício Saraiva, na região do Cerro Largo no Uruguai as sucessivas brigas entre Blancos e Colorados haviam moldado aqueles peões e os Saraiva tornando – os exímios combatentes e seus pai e seus
Irmãos eram fiéis seguidores desses caudilhos da pampa, já por de oitenta e cinco lutaram com os “trinta Y três orientais“, depois na fracassada revolução de “Quebracho”, aí Gumercindo veio morar no Brasil trazendo com ele Miguel Flores e sua família incluindo o castelhano
gurizote ainda para morar em uma fazenda de seu pai em Curral dos Arroios, no município de Santa Vitória do Palmar, um belo dia contou o castelhano o Dr Assis Brasil foi a Estância de Curral dos Arroios convidar
o General Gumercindo para pertencer ao partido Republicano, qual a resposta de Gumercindo “mi credo es la revolución. A ello no renuncio”.,encerrando a reunião.
-jô estava lá patron . E continuou o relato.
- Mais tarde tentaram eliminar o General imputando-lhe crime quando da morte e um negro velho muito estimado que morava na fazenda o que não é verdade pois Jô estava lá, El General mandou enterrar o negro próximo a casa lembro bem. Foi preso o General, Dona Amélia sua esposa mandou reunir a peonada e agregados deu duzentos homens para tira - lo da cadeia,porém Gumercindo mandou que ela permanecesse com os homens em prontidão acabou fugindo com uma chave falsa feita pelo Duque de Auche, neste meio termo Aparício Saraiva e seus irmãos que moravam no Cerro Largo muitos brasileiros lá residentes e veio para tirar seu irmão da cadeia, Jô agora com quatorze anios me juntei aos cem homens vindos do Uruguai com Aparício.
O General Joca Tavares e Silveira Martins junto com o General iniciaram a revolução federalista portanto desde Cerro Largo meus familiares lutaram junto aos federalistas com Gumercindo com chefe, o resto o coronel já sabe pois estava lá.
Bem, bem e quanto a Latorre o degolador soube pelo capitão Carneiro
que havia gente do Cerro largo e inclusive um Flores não seria vós mecê.
Na verdade um primo meu o Flores foi companheiro de Latorre e contava que era um homem honesto trabalharam juntos na Estância do General Silva Tavares no Uruguai então não era eu mas Flores contava
Que no episódio das trezentas degolas na verdade foram vinte e sete, bandidos executados pela investidura legal de Castilhos.
- Muito bem continue o relato dizia o coronel palmeando agora um baio.
- Entonces ninguém conta a história da divisão norte do cruel Firmino de
Paula autor da degola do Capão do boi preto, ninguém conta que esse era um homem impiedoso e vingativo.
- Bom, bom continue o relato se atenha a sua história disse o coronel-
Na revolucion jô pertencia à cavalaria do Coronel Aparício peleamos em
muitas batalhas, matamos muita gente, mas não degolei a ninguém o coronel não era afeito a degolas matar em “A LA CARGA” isto fizemos muito naquela guerra.
- Pero jô tengo remuersos de otras cosas, lutamos em outros estados tempos de sofrimento, fome, frio e por vezes sede, muitos ferimentos milhares de feridos então quando da volta do Paraná ao atravessarmos o rio Pelotas para o Rio Grande depois de muitos penhascos e corredeiras enterramos em uns matos armas pesadas antes de enfrentar a maior batalha campal desta revolução aproximadamente sete mil homens. O certo é que ao chegar próximo a Passo Fundo. A divisão norte formada por quatro mil homens, do famigerado General Firmino de Paula,e o General Rodrigues Lima o Coronel Santos Filho aquele que fugou com a ajuda de um traidor
haviam formado os famosos quadrados em torno de atoleiros e
banhados aguardando nossa tropa.
O General Gumercindo mandou nossa cavalaria chefiada pelo Coronel
Aparício fazer carga, mas não conseguimos furar o bloqueio devido o atoleiro ali existente peleamos por cinco horas ou mais na ultima carga cai
prisioneiro junto com mais ou menos dez companheiros, alguns dos nossos foram degolados ali mesmo, outros como eu tiveram melhor sorte
ficamos prisioneiros na tropa de Bento Porto. Soubemos mais tarde que o
General Gumercindo se retirara protegido pela cavalaria do Coronel Timóteo Paim e que ao contar os mortos nossa força perdeu noventa homens e ficaram feridos mais de cento e cinqüenta, quanto a divisão norte trezentos e oitenta mortos e outro tanto de feridos. Dali o General
Tomou o rumo de Cruz Alta, nós agora prisioneiros estávamos a mercê
de Bento Porto para azar meu rumava para aquele fatídico destino.
-Pois é disse o Coronel agora eu te conto que aconteceu castelhano
- Foi no mês de agosto a retaguarda do General é feita por Prestes Guimarães tem novecentos homens, ali rumo Cruz Alta já nossa retaguarda maragata entra em combate com a vanguarda governista de Fabrício Pilar,o General Gumercindo Saraiva havia agora com a junção das forças do Coronel Dinarte Dornelles, ficando com o efetivo de quatro mil homens.
Sim foi assim mesmo patron, Fabrício Pilar vinha mal na luta com o Coronel Dornelles, o General Gumercindo sobe a um pequeno morro para ver o combate mais de perto já que a luta não era sua, porém o Coronel Aparício vai ter com o irmão ele sempre brincou com a morte pediu ao general para fazer uma carga de lança contra Pilar, o General consente e fica sob a colina a observar a batalha.
Nessa altura o Tenente – Coronel Bento Porto trazendo alguns prisioneiros, se apóia num capão de mato e age de emboscada com atiradores de escol.
O General não precisava estar ali era quase noite era ariscado alguma emboscada estava ele trajado como um combatente sem pompas, usando uniforme de campanha, com chapéu de abas largas bombachas e apenas uma simples jaqueta azul ninguém o reconheceria
Era um simples guerreiro um paisano como eu....
Então patrão disse o paisano com a voz embargada , ali agachado olhando o combate de mãos atadas olhei aquele cavaleiro. - Jô, reconheci mi general por quem sempre nutri grande admiracion.
-E gritei El General, El General duas vezes la pior palavra de mi vida.
Bento Porto alguém avisou e ele gritou:
Atenção; mirem, e atirem de Pontaria ,atirem de pontaria é Gumercindo, é Gumercindo!
Aquelas balas certeiras poderiam ser pra mim patron.
Depois foi aquela confusão ninguém sabia se o General tava morto mas eu sabia enquanto soldados comemoravam, matei um soldado enforcado
e ganhei a noite aquele foi minha ultima participación em la guerra. Dali
parti para o Uruguai passei dez anos de minha vida com insônia a perambular à noite remoendo aquela fatalidade, nunca contei a ninguém
-Patron e gostaria muito que ficasse entre nós.
-Sossegue castelhano não tiveste culpa foi o destino aquele destino
ingrato que ninguém poupa, agora pegue seu cavalo e vá trabalhar.
-Gracias patron.
E lá se foi o castelhano agora um peão de estância e domador afamado
Para as lidas brutas da Estância do Colorado.


Fim do Primeiro conto


















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sábado, 18 de julho de 2009

Vultos da Revolução Farroupilha

são:

Bento Gonçalves da Silva - (Guaíba – RS)
Antônio de Souza Neto - (Povo Novo – RS)
Onofre Pires da S. Canto - (Porto Alegre)
João Manuel de Lima e Silva
Davi Canabarro - (Taquari – RS)
Giuseppe Garibaldi - (Nice-Itália)
Tito Livio de Zambeccari - (Bolonha – It)
Francisco de Sá Brito - (Porto Alegre)
José de Paiva M. Calvet - (Porto Alegre)
Francisco X. ª . S. Mena - (Porto alegre)
Sebastião X. ª. S. Mena - (Rio Pardo – RS)
Francisco P. ª. S. Mena - (Rio Pardo – RS)
Antônio M. do ª S. Mena - (Rio Pardo – RS)
Gaspar Fco. Gonçalves - (Rio Pardo – RS)
Antônio V. de Fontoura - (Rio Pardo – RS)
João Antônio da Silveira - (São Gabriel – RS)
José G. de V. Jardim - (Pedras Brancas – RS)
Manuel C. Aragão e Silva - (Cachoeira – RS)
Manuel L. do Nascimento - (Pelotas – RS)
Dionísio Amaro da Silveira - (Erval – RS)
Luiz José r. Barreto - (Sto. A. Patrulha – RS)
Manoel Lucas de Oliveira - (RS)
Joaquim Pedro Soares - (Portugal)
Domingos Crescêncio de Carvalho - (RS)
Jacinto Guedes da Luz - (RS)
Serafim Joaquim de Alencastre - (RS)
Joaquim Teixeira Nunes - (Canguçu-RS)
José Mariano de Matos - (Rio de Janeiro)
Domingos José de Almeida - (Diamantina –MG)
José Pinheiro de Ulhoa Cintra - (MG)
Bento Manoel Ribeiro - (Sorocaba – SP)
Anita Garibaldi - (Laguna – SC)
Afonso José de Almeida Corte Real (Cacequi)
Bernardo Pires-(Piratini)

Será que seria o mesmo sanguinário chachá

LENDAS E HISTÓRIAS

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.ESTA HISTÓRIA FAZ PARTE DO FOLCLORE DE SANTO ANTONIO DA PATRULHA


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OS 7 FUZILADOS
A história dos 7 fuzilados é célebre no nosso município. conta-se que no ano de 1893 houve uma revolução entre dois partidos, federalistas e republicanos. os patrulhenses foram convidados a defenderem o partido republicano, mas foram vencidos pelos federalistas, ficando sobre o comando de um chefe muito cruel apelidado de xaxá. Nesta ocasião vieram do interior em socorro dos republicanos sete jovens. ao chegarem perto do local dos combates ouviram falar nas crueldades do xaxá e fugiram muito assustados. chegando em casa seus pais ficaram com receio que xaxá perseguisse suas famílias e resolveram trazer seus filhos de volta esperando que xaxá os compreendesse.

Mas mal eles viraram as costas o malvado chefe mandou acorrentar os sete moços e castigá-los até correr sangue; depois disso mandou leva-los pela atual rua Maurício Cardoso que vai até o lugar onde fica o cemitério. lá chegando os sete moços tiveram que abrir uma grande cova, depois foram enfileirados para serem fuzilados. Assim foram derrubados um por um ainda vivos dentro da sepultura. quando caiu o último, xaxá mandou que os soldados fechassem a cova. ainda hoje este túmulo é cuidado por pessoas.



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Transcrevo para esta página o conto na integra por achar muito coincidente
com a história contada por Ângelo Dourado

Sangrenta e Cruel Revolução

Relatos de uma revolução sanguinária de Parte a Parte, nesta matéria retiro texto
de Angelo Dourado- Livro Voluntários do Martirio

1893- Forças apreendem correspondêcia de Julio de Castilhos a Chachá Pereira para
entrincheirar-se em Mato Castelhano, porém o mesmo entrincheirou-se em Mato Português
para emboscar as forças de Gumercindo Saraiva e General Salgado, as forças do General Lima vinham ao encalço de Gumercindo, Juca Tigre bateu Chachá Pereira que abandonou carretas e munição objetos de uso de família, jóias etc, segue em perseguição ao mesmo.
Forças de Gumercindo chegam a Lagoa Vermelha foram organizadas passeatas com musica. Angelo Dourado o relator e escritor de "Voluntários do Martírio" hospedou-se na casa do sr Moogen, 'teve baile e jantar no outro dia soube-se da declaração do
Governador de Santa Catarina que era a favor da Revolução conforme notícia trazida pelo ser Timóteo Feijó isso melhorou a condição e a revolução estava salva.
Timóteo Feijó pediu ao general Salgado força para perseguir Chachá Pereira o qual não foi atendido.
A frente pelas Antas estava o exercito legalista de Artur Oscar, foi mandado o valente Juca Tigre para impedir-lhe a passagem.
" Aqui como em toda parte, o assassinato, a tortura tudo que a crueldade pode conceder se tem posto em prática.
O Capitão Chachá Pereira a quem o Sr Julio de Castilhos encarregou de legislar
nesta região, tem sabido cumprir as ordens dele. Uma das vítimas foi um pobre moço
de raça alemã, a quem ele infringiu tantos castigos corporaes, que perdeu quase toda
a pele. Um boticário conservou no alcool alguns fragmentos . Dizia: Uma boa preparação anatômica, porque sendo tirado (esfolado) vivo conserva todas as suas ra
mificações venosas tendo tornada a cor negra. Vinha com a seguinte inscrição: 'pele humana de um teuto brasileiro civilizado na lagoa vermelha, estado do Rio Grande do Sul, no ano de 1893, por agentes do sr Julio de Castilhos no quarto ano da república e segundo do Marechal Floriano".
Por outro lado relata Angelo Dourado: " Em Lagoa três soldados nossos saíndo dispersos, mataram um homem para roubar". Estão presos e vão ser fuzilados.(ANGELO DOURADO)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Heróis da Revolução Farroupilha.

A Partir deste artigo Inicio o Relato de algumas personalidades Riograndenses
que merecem nossa lembrança e admiração por seus feitos Heróicos.
Não estarão em ordem alfabetica e qualquer pessoa sinta-se a vontade para
postar comentários e contestar as informações aqui contidas.Ficarei grato se competarem as informações aqui contidas.

DOMINGOS CRESCÊNCIO DE CARVALHO - (1780-1840)natural da Fronteira
Participou das Guerras da Cisplatina de 1801 a 1828, alistando-se como
soldado e terminou como capitão.
Amigo e Parente de Bento Gonçalves ficou responsavel pela cavalaria de Jaguarão
logo foi promovido a Comandante da Quarta Brigada do Exercito e da República abrangendo a região desdeo rio Jaguarão até o rio Camaquã.
Bravo e competente faleceu muito pobre porque vivia do soldo que recebia como oficial da República que costumava não ter dinheiro para pagar seus soldados.
Participu de vários combates, sempre a testa de sua cavalaria. Derrotou o General
Labatut veterano oficial de Napoleão, que servia como mercenário do Império quando
este invadiu a república por terra, comandando a Divisão Paulista.
Estava prevista sua nomeação para o posto de General da República por esta campanha contra Pedro Labatut, mas ficou doente vindo a falecer aos 60 anos de idade
quando retornava para a fronteira.

sábado, 16 de maio de 2009

Fausta Mansão.

Transcrevo do Livro de José Fernandes de Oliveira "Rainha do Planalto"o seguinte:
No sítio onde se levanta a casa de Saúde do DR Elias Saadi antes de ser construido o
prédio da finada Elvira Virginia dos Santos Lacerda, avultou a fausta mansão da Fa-
milia TEIXEIRA. O vetusto casarão de paredes de pedra, cuja espessura tinha um metro
era terreo e de construção tão sólida que ainda hoje poderia poderia estar resistindo a ação do tempo.Dividia-se em vários compartimentos amplas salas e alcovas
com mobiliarios e utensílios adequados,bem como as demais dependencias necessárias ao
estabelecimento que era ao mesmo tempo rural e urbano.
A mobilia das salas era simples, constando apenas de cadeiras bancos envernizados e consolos com vasos e finos candelabros de cristal, a das alcovas, igualmente modes-ta resumia-se em cama alta com guarnições superiores para cortinas e inferiores para
os rodapés tambem chamados roda camas; mancebos para os catiçais e grandes baus cobertos de couro fino ricamente incrustado com tachas duradas esuspensos em quatro pés curtos e firmes no assoalho; e finalmente a da sala de jantar, composta de mesa bancos , aparadores e armarios com preciosas baixelas de porcelana e prata, até agora
existem em unidades dispersas entre muitos herdeiros.
Segundo o costume da época a cozinha ficava situada a pequena distância da casa.
Seguia-se-lhe a senzala. Depois a atafona, a pocilga o aviário as cavalariças, o curral e o potreiro, em cujo fundo havia um capão notável pelo grande número de arvores de frutos silvestres que nele se encontravam. Esse lugar é hoje cortado pela
rua Silveira Martins.
Ao lado a casa grande, um frondoso umbu que ao julgar pela circunferencia do tronco, deveria ser arvore secular: ao fundo o grande pomar , de que ainda hoje restam algumas nogueiras; a seguir a lavoura que se estendia até a margem do arroio
Uruguaizinho, em cujas proximidades estavam localizadas os "olhos d'agua".
Essa rica propriedade pertenceu ao Cel. José Luiz Teixeira, casado com Dona Rosa
Borges Vieira.
Desse auspicioso consórcio houve dez filhos: Virginia Maria, José Luiz, Virgolina Maria, Antonio Luiz, Mafalda Maria, Francisco Luiz, Josefina Maria, Joaquim Luiz, Luis José e Afonso Luiz.
A antiga mansão da família Teixeira marcou o período aureo da sociedade local da Vacaria de outrora, através de um passado cheio de recordações tão gratas que nos
apontarão os incontáveis atos peculiares à boa vontade do venerando casal José Luiz
e Rosa, fiéis continuadores das nossas tradições, em prol do bem coletivo a saber:
1- Como venturoso larda família cristã instituido sob a égide da Igreja católica
e onde se observou escrupulosamente o significativo lema: " Em tudo seja Deus o primeiro servido".
2- Como escrinio onde se condensaram idéias superiores, tais como a criação de uma escola pública para meninos, o que sse realizou em 1847. Com efeito a 30 de agosto deste mesmo ano em uma das salas do prédio mobiliado as espensas do proprietário, era instalado sob a regencia do professor Luis Augusto Branco, a primeira unidade escolar criada neste setor do estado.
Foi no velho solar o primeiro templo de instituição do planalto e onde a luz do aprendizado escolar começou a irradiar para iluminar o cerebro dos meninos da Vacaria de então.
3- Como centro de Diversões onde, a miude se reunia a fina flor da mocidade masculina da epoca para se exercitar nos torneios de poesia popular ao som da viola, distinguindo-se nas dificuldades mecânicas do verso Sinfronio Barreto do Amaral, Joaquim e Afonso Luiz Teixeira, Libório Antonio Rodrigues, Salustiano Lima, e muitos outros.
Depois variando de meio,esses moços bailavam as danças sapateadas, aque chamavam
fandango, ou combinavam o modo como deveriam realizar outras diversões favoritas, como carreiras, cavalhadas, etc. Imitando o gaucho primitivo, dançavam a meia Canã , os lanceiros, a tirana e outros sapateios, vestidos de cheripá , ceroulas de crivo,e jaqueta presa com a guaiaca, ao passo que as damas usavam vestidos com largos babadões e laços de fita ao cabelo.
Alem disso muitas vezes o velho solar abriu as portas para grandes solenidades a que assistiam os elementos mais representativos detodo o nordeste gaucho.
4- Como escola feminina de educação doméstica e rural, onde Dona Rosa Borges Vieira, tendo enviuvado, deu as filhas de seus escravos, as bases das futuras missões que deveriam desenpenhar depois da sua morte.

Eis ai neste relato do Professor a veracidade de quem viveu em loco essa fase da História Vacariana.

sábado, 11 de abril de 2009

OS AVIOS DE MATE (CHIMARRÃO)

AVIOS - Este vocábulo é sempre empregado no plural, determinando umconjunto de objetos,utensilios, que são usados para um determinado fim.EX;os avios de pesca os avios de mate, etc.
os avios de mate são fundamentalmente a BOMBA e a CUIA. É claro que alguns
objetos poderiam se incorporar aos avios, desde que passema fazer parte deles(o recipiente para servir a agua) EX; a chaleira ou a garrafa térmica, pertence aos meus avios de mate.
Os avios de mate também podem ser chamados de apetrechos de mate.
O aparelhos de mate é especificamente a bomba e a cuia, que em geral apresentam certo grau de requinte.Ex: A cuia lavrada em prata e ouro ou a bomba de prata com bocal de ouro.
Podemos acrescentar aos avios propriamente ditos o apoio do mate( tripé ),criado para preencher esta função.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Utensílios Gauchos .

Recorri ao livro de Glenio Fagundes para relatar dois utensílios primitivos para
aquecer a agua pro Mate.
A Cambona e a Chiculateira.

A Chiculateira - é um recipiente usado nos fogões campeiros para aquecer a agua.
Por suas características difere da cambona pois possui alça tampa e um pequeno bico.
- É um utensílio que requer um certo grau de acabamento. Seu uso é muito comum, não só nos galpões e cozinhas campeiras como também por carreteiros e campeiros.
_ Chicolateira é uma corruptela de Chocolateira.

A Cambona, ao contrario da chicolateira pode ser feita de qualquer lata. Em geral essas latas eram de abacaxi azeite, latas de tamanho médio, pois sua finalidade era de aquecer rapidamente a agua, sem precisar de muito fogo.Sua confeccção é simples; basta um pedaço de arame passado várias vezes junto ao bocal da lata deixando um rabicho pra pegar. A picumã que se prende a cambona não deve ser retirada, pois enfraquece o recipiente . Esta fuligem que se prende a lata é pelo fato de que a CAMBONA vai diretamente ao fogo, criando com o tempo uma crosta preta que lhe dá resistência.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Quaresma

Quantos de vocês sabem que estamos na quaresma !
Quantos sabem seu significado.
Quantos respeitam guardam e fazem jejum.
Muito poucos quase nenhum respeitam,
vem ai a semana santa....Vamos nos converter,
vamos meditar vamos rezar Vamos Pedir a Jesus
que se sacrificou por nós que olhe pelo mundo
inteiro.
È tempo de reflexão, e de paz. Vamos pedir a
paz para todos os homens.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

GOETHE


"Conhecer alguém aqui e ali
que pensa e sente como nós
e que embora distante
está perto em espirito,
eis o que faz da terra
um jardim florido"

Rodadas


De redeas soltas no pasto
assoleado e mal nutrido
o peão quer vender os bastos
-o pingo já foi vendido

As rugas que trás na fronte
-marcas forjadas sem brasa
são anceios de horizonte
De chão, de pão e de casa

os olhos são como adagas
- restos teimosos de vida
que campeiam nas estradas
gestos de mão estendidas

se os labios não dizem nada
é porque o mundo os cerrou
de que adianta ter-se a pousada
se o sonho já se cambeou...

Cansou-seo peão de ser verso
eo verso de ser refrão
planchou-se um sonho no berço
pra não viver de ilusão.

Por isso vejo, no brete
e, ao longo, no corredor
Mais um potro sem ginete
Mais um verso sem cantor.