sexta-feira, 16 de abril de 2010

Texto do Prof. José Fernandes de Oliveira

A chegada do Futuro Benfeitor de Vacaria.

No verdor dos anos, movido pelo desejo
de conhecer os afamados campos do nordeste
do estado, para lá de dirigiu José Luiz Teixeira
que além do objetivo visado aproveita-se do ensejo
para vender equinos de sua criação em Cachoeira do
Sul, então pertencente a Rio Pardo tinha os peões
convenientes para a longa viagem com aquelas razões.
Mas a Providencia Divina lhe reservava outro destino
segundo a tradição oral, José Luiz, cavalgando fogoso
corcel, chegou a estância de Francisco Borges Vieira
e familia.
Os visitantes foram recebidos pelo dono da casa
que a sombra de um frondoso Umbú se entretinha,com seus
familiares ouvindo cantar versos da poesia campesina.
As donzelas reunidas no pátio,formavam gracioso ramalhete
destacando-se Rosa, Filha de João Borges Vieira,cuja beleza
atraiu de súbito,o olhar do visitante recém chegado.
Recebido com a proverbial hospitalidade dos gauchos , José
Luiz sentiu-se bem, e como de longe tivesse ouvido acordes de
viola, pediu aos foliões o obséquio de continuarem a última
toada, pois era irmão da arte. Depois convidado a participar
dos desafios de bom grado tomou da viola e após os cumprimentos
de estilo entre violeiros , certo de que "amor fogo e tosse o
seu dono descobre",não mais ocultando a chama ardente que lhe
abrasava o coração, vasou em versos apaixonados terna declaração
de amor a Rosa.
Tendo a aquiescência desta, ao partir, no dia seguinte, pedi-lhe
a mão em casamento.
O progenitor de Rosa, não conhecendo, viu obstáculo para resposta
imediata, José Luiz alvitrou mandar ele um dos peões em companhia
de pessoa de confiança do Sr João, a fim de trazer de Cachoeira os
informes necessários. Estes não tardaram e o Auspicioso Consórcio
se realizou em breve. Não obstante ser Cachoeirense de nascimento,
tornou-se José Luiz, vacariano de coração , o que prova o seu apego
que o acolheu e terra natal da esposa amada e dos filhos estremecidos
aponto de considera-la sua própria terra.
Rico e hosptaleiro ,soube imprimir ao seu lar essencialmente cristão
uma doçura um não sei que de respeito tais que a todos atraia pelo bem
estar que nele se desfrutava,sobre o influxo salutar do sugestivo lema
"Em tudo seja Deus o primeiro servido". Distinguido com honra insigne de ser nomeado Coronel comandante da guarda nacional do municipio, cuja
sede era Santo Antônio da Patrulha fez quanto pode para desempenhar dignamente o encargo que lhe era confiado por indicação popular.
Dessarte, a sua projeção foi tal que o aclamaram chefe unipessoal dos
distritos de Vacaria e São Francisco de Paula!
Homem de ação sempre pronto a servir com lealdade os que dele se acer
cavam, fezdeseu lar acolhedor, o centro das atrações que marca o indelével, periodo aureo da sociedade, na Vacaria de outrora que na política quer em prol do bem coletivo.
A antiga Mansão dos Teixeira antes de ser construido o prédio de Dna
Elvira Virginia dos Santos Lacerda na Chacara onde hoje se situa o Inamps
inha Terreno que ia ao Arroio Uruguai, e o vetusto casarão de paredes de
pedra - que inda hoje poderiam estar resistindo ao tempo- era terreo e muito sólido.
Segundo o Costume da época, a cozinha se situava a pequena distância do
corpo da casa. Seguia-lhe a senzala, depois a atafona, a pocilga, o aviário, as cavalariças, o curral e o potreiro em cujo fundo havia um capão
notável pelo numero de àrvores frutíferas silvestres. Esse local é hoje atravessado pela rua Silveira Martins. Os olhos dágua que abasteciam a
mansão situavam-se nas cercanias do Uruguai (arroio).
Resultaram-se deste consórcio dez filhos; Virginia Maria, José Luiz, Virgolina Maria, Antonio Luiz, Mafalda Maria, Francisco Luiz, Josefina Maria, Joaquim Luiz, Luis José e Afonso Luiz.
Consituiu-se a mansão da família Teixeira, num venturoso lar cristão. Num escrinio onde se condensam idéias superiores tais como a criação
de uma escola pública para meninos, em 1847(30 de agosto) tendo como primeiro professor Luis Augusto Branco, e foi a primeira neste setor do
Estado. E como centro de reuniões e diversões onde a miude reunia-se a
a fina flor da mocidade masculina e feminina para exercitar-se em torneios
de poesia popular, ao som da viola, distinguindo-se nas dificuldades mecânicas do verso; Sinfrônio Barreto do Amaral, Joaquim e Afonso Luiz Teixeira, Libório Antonio Rodrigues, Salustano Lima e outros mais.
E depois variando de meio esses moços bailavam sapateados a que chamavam de Fandango, ou combinavam modos como deveriam realizar outras diversões
favoritas, como carreira, cavalhadas etc...Imitando o gaucho primitivo, dançavam a meiacanã,os lanceiros, a tirana do lenço e outros sapateios
vestindo Chiripá ,ceroulas de crivo,e jaqueta presa com a guaiaca, ao passo
que as damas usavam vestidos com largos babados e laços de fita no cabelo
Além disso o velho solaar abriu as portas para grandiosas solenidades a que
assistiam os elementos mais representativos de todo nordeste gaucho e do estado. Com a escola feminina de educação doméstica e rural Dna Rosa Borges Vieira, tendo enviuvado soube dar as filhas de seus escravos,as bases das futuras missões que deveriam desempenhar após sua morte.
Fala-se que faleceu em 1884 já não possuia mais escravos e sim libertos os quais ela auxiliava em seu sustento.

Um comentário:

teixeira-Patex disse...

Texto retirado do Livro:
A VILA DE VACARIA EM 1933
de Hindenburg Brasil Cabral.
Será anexado no Livro de Autoria
de Paulo Roberto Teixeira. Sobre a Genealogia da Família Teixeira nos
Campos de Cima da Serra. Inda sem titulo definido.